– Então? E a Amazônia?... – Nem “inferno verde” nem “paraíso verde”. Terra bem terrestre, encanto da nossa terra. Quanto à cor acho impossível chamar de verde o que é azul cru, ouro nítido, até branco às vezes como um meio-dia do lago Arari em Marajó. As águas em geral são pardas, certos igarapés são cinzentos como as penas do mauari, o rio Negro é preto de verdade, as tardes vão do creme ao roxo mais artificial... Tem de todas as cores na Amazônia... – Vejo que se entusiasmou. – De certo! É um mundo de encantos indescritíveis esse Norte. E que povo bom, que sociedade cordial! Nem imagina o encanto com que se viaja por lá. Trecho de entrevista com Mário de Andrade na “Crônica Social” do Diário da Noite. São Paulo, 20 de agosto, 1927.
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